Mãe de Deus e Nossa: setembro 2011

MENSAGEM DE UM IDOSO - 27 DE SETEMBRO

Se meu andar é hesitante e minhas mãos trêmulas, ampare-me.

Se minha audição não é boa e tenho de me esforçar para ouvir o que você está dizendo, procure me entender.

Se minha visão é imperfeita e o meu entendimento é escasso, ajude-me com paciência.

Se minhas mãos tremem e derrubam comida na mesa ou no chão, por favor, não se irrite, tentei fazer o melhor que pude.

Se você me encontrar na rua, não faça de conta que não me viu, pare para falar comigo, sinto-me tão só.

Se você na sua sensibilidade me vê triste e só, partilhe simplesmente um sorriso e seja solidário.

Se lhe contei pela terceira vez, num só dia, a mesma "história", não me repreenda, simplesmente me ouça.

Se me comporto como criança, cerque-me de carinho.

Se eu estou com medo da morte e tento negá-la, ajude-me na preparação para o adeus.

Se eu estou doente e sou um peso em sua vida, não abandone a mim, um dia você terá a minha idade.

A única coisa que desejo, neste meu final da jornada, é um pouco de respeito e de amor.

Um pouco. Um pouco do muito que um dia te dei.

(AUTORIA DESCONHECIDA).

SONETO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

1) Sou verdadeira mãe de um Deus que é filho,/ 2) e sou sua filha, ainda ao ser-lhe mãe;/ 3) Ele de eterno existe e é meu filho,/ 4) e eu nasci no tempo e sou sua mãe./ 5) Ele é meu Criador e é meu filho,/ 6) e eu sou sua criatura e sua mãe;/ 7) foi divinal prodígio ser meu filho,/ 8) um Deus eterno e ter a mim por mãe./ 9) O ser da mãe é quase o ser do filho,/ 10) visto que o filho deu o ser à mãe/ 11) e foi a mãe que deu o ser ao filho;/ 12) se, pois, do filho teve o ser a mãe,/ 13) ou há de se dizer manchado o filho/ 14) ou se dirá Imaculada a mãe./

Conta-se que o Papa Pio IX chorou, ao ler esse soneto que contém um profundíssimo argumento de razão em favor da Imaculada.

O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de 43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo, no dia 8 de dezembro de 1854.

Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora dignou-se aparecer milagrosamente, quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes, na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete. No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".

(www.lepanto.com.br).

A primeira imagem de Nossa Senhora entronizada, não numa Igreja, sim numa Capela de Taipa, no Vale do Cariri, na Missão do Miranda (Crato), foi a estatueta, de madeira, de Nossa Senhora do Belo Amor (1740-1745), pintada com cores misturadas. Fora encontrada em poder dos Índios Cariris, portanto, herdada dos nossos ancestrais indígenas, ela mede cerca de 40cm e está, seguramente, guardada em um cofre. A representação é a de uma mãe, a Virgem Maria, segurando com as duas mãos, contra o peito, o filho, ainda, criança, Jesus. A mãe, de olhos azuis, olha para ele, nuzinho, e o ampara, como se quisesse que o filho encontrasse aconchego em seu colo. O filho, também de olhos azuis, voltado para ela, repuxa-lhe a borda da gola da sua vestimenta, como se lhe pedisse o peito para sugar o alimento materno.

A segunda imagem, oriunda dos franceses, foi a estátua de Nossa Senhora da Penha (1745-1938), feita em madeira, com cores fortes, medindo 1,02m. Ela foi uma doação de Frei Carlos José Spezia e de sua comunidade religiosa, de Recife, estado do Pernambuco, à Missão do Miranda (Crato), no estado do Ceará. Uma peça de madeira contínua representando a Virgem (0,88cm de altura) em cima de uma penha (0,14cm). Uma observação atenta desta imagem dá a impressão que a Virgem Maria apresenta Jesus, segurando-o em seu braço, como aquele em quem está a esperança. Ela o segura firme, de um lado, e segura, igualmente, na mão do outro braço o cetro. Na confecção da imagem, o filho é uma peça justaposta. Não tem vestimenta, senão uma peça pequena, e ergue o braço com a mão estendida para a sua mãe, como a pedir-lhe ou sugerir algo. Ambos, mãe e filho, olham para o mundo. Ela tem olhos fixos, está atenta, e uma fisionomia serena e tranqüila. Sua imagem é sempre vista nas peregrinações acontecidas durante os festejos da Padroeira da Cidade e da Diocese de Crato. Ao contrário das duas outras imagens, esta se apresenta com uma coroa, de metal, imposta.

A terceira imagem entronizada é aquela que está atualmente em seu altar. A imagem, toda de madeira, mede 1,80 ou 1,85m. Foi adquirida no governo de Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, 1º Bispo de Crato, e posta na Igreja-Catedral em 1921. Em sua base está gravado: “Luneta de Ouro, Rio, 1920”, demonstrando que foi confeccionada no Rio de Janeiro. Há quem diga que a imagem procede da Europa. Em 1938, governo de Dom Francisco de Assis Pires, 2º Bispo Diocesano, a nova e definitiva imagem foi fixada em seu lugar de honra.

As características de uma mãe protetora estão expostas. Ela, Nossa Senhora da Penha, olha para quem lhe pede socorro, mas não larga o filho. A mão avançada sobre o orante dar a ele a calma e a certeza da ajuda. Segura o filho, bem vestido, como a dizer ao suplicante e a todos que os mortais devem se atrelar a Jesus, o porto seguro, para que encontrem a salvação. O quadro fica completo quando de um lado está o crocodilo e do outro se apresenta um homenzinho ajoelhado. Com a cabeça encoberta por um manto, não carrega sobre si uma coroa, tem, no entanto, as cores celestes em seu trajar: azul e branco. É assim que Nossa Senhora da Penha está representada.

Depois de sua entronização, passados 68 anos em que a imagem permanecera em seu nicho, as autoridades religiosas, o Bispo Diocesano e o Vigário da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, tiveram a iniciativa de mandar restaurar a imagem. A madeira da qual é feita a imagem estava apresentando rachadura. Foi restaurada por Maria Gabriella Federico, em julho de 2006, e recolocada no seu trono em agosto do mesmo ano, de onde só será retirada, possivelmente, para uma nova verificação de seu estado de conservação ou de requalificação de sua restauração.